quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Museu Regional, Delmiro Gouveia, AL


Delmiro Gouveia, o pioneiro do início do século XX, criou a primeira usina hidrelétrica do Brasil, Angiquinho, em 1913, e uma indústria têxtil, a Companhia Agro Fabril, ou Fábrica da Pedra, que foi reaberta em 1992 e hoje emprega 620 funcionários. O Museu Regional de Delmiro Gouveia guarda os registros e histórias deste visionário empreendedor e do Povoado da Pedra, que mais tarde receberia seu nome.

Um acervo com fotos, documentos e máquinas como um antigo projetor de cinema e locomotivas marias-fumaça, que levavam cargas da produção industrial da Pedra até a cidade de Piranhas, nas margens do Rio São Francisco. O Museu funciona na antiga estação ferroviária da Great Western e é mantido pela Fundação Delmiro Gouveia e pela Prefeitura Municipal.

Em outubro de 1917, Gouveia foi assassinado com três tiros a queima-roupa, e com ele o sonho de industrializar o sertão do nordeste. Apesar do crime não ter sido totalmente solucionado, as suspeitas recaíram sobre os ingleses da Machine Cottons, donos do monopólio industrial têxtil e que não gostaram nada deste cearense empreendedor mexendo no negócio deles. O atirador foi preso e condenado a 30 anos de prisão, era um antigo funcionário da Companhia Agro Fabril, que viria a ser comprada pelos ingleses em 1929.

onde fica
Museu Regional: Avenida Caxangá, antiga Rua da Lagoa, em frente a Fábrica da Pedra, na Saída de Delmiro Gouveia.

Fundação Delmiro Gouveia: Praça Vicente de Menezes, 59, Centro.

Delmiro Gouveia está localizada no Sertão Alagoano, fronteiras com Sergipe, Bahia e Pernambuco. Distante 291 km da capital Maceió pela rodovia AL 220.

por que ir
Para conhecer o acervo do Museu Regional e a história do empreendedor do sertão.
quando ir
Segunda a sábado:
8:00 - 12:00
14:20 - 17:00

Domingos:
8:00 - 16:00

quanto custa
Aberto ao público.
contato
Museu Regional: (82) 3641-4045

Fundação Delmiro Gouveia: (82) 3641-4000/3641-5416
Fundeg@ig.com.br
fundacaodelmirogouveia@hotmail.com

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ensaios dos Blocos do Recife e Olinda



A agenda dos acertos de marcha (ensaios) dos blocos líricos do Recife e Olinda já está disponível para o mês de janeiro. Que felicidade que o carnaval só começa no dia 21 de fevereiro! Isso significa que teremos muitas prévias até lá.
Para acertar o passo, aí vai o roteiro disponibilizado por alguns blocos:
- Bloco da Saudade: no Náutico, todas as sextas, de 02 a 30/01, às 22h
- Apôis Fum: na sede da Boa Vista (Rua Padre João Ribeiro, 49), todas as sextas, de 02 a 30/01, às 19h
- Bloco das Flores: na Rua do Bom Jesus, Recife Antigo, todas as sextas, de 02 a 30/01, às 19h
- Batutas de São José: na sede de Afogados (Rua Cabedelo, 60), todos os domingos, de 04 a 25/01, às 16h
- Madeira do Rosarinho: na sede do Rosarinho (Rua Salvador de Sá, 64), todas as segundas, de 05 a 26/01, às 26h
- Cordas e Retalhos: no Espaço Cultural Mamulengo, na Praça do Arsenal, Recife Antigo, todos os sábados, de 10 a 31/01, às 18h
- Bloco das Ilusões: no Forte das Cinco Pontas, todas as sextas, de 16 a 30/01, às 19h
- Um Bloco em Poesia: no Círculo Militar (Av. Agamenon Magalhães), todos os domingos, de 11 a 25/01, às 16h
- Eu Quero Mais: no Pátio de São Pedro, todas as quintas, de 08 a 29/01, às 19h

Fiquem espertos porque o Nem Sempre Lily Toca Flauta sempre ensaia no Mercado da Boa Vista (aos sábados) e o Flor da Lira de Olinda, no Mercado da Ribeira (às sextas), mas as datas ainda não foram informadas. Evoé!

tags: Recife PE cultura-e-sociedade carnaval-2009 blocos-liricos frevo frevo-de-bloco olinda recife

onde fica
No Recife e em Olinda (Ver informações acima)
quando ir
02/1/2009 a 31/1/2009
quanto custa
Algumas agremiações cobram entrada (geralmente em torno de R$ 10,00). Em outras, a entrada é 0800.
website
www.recife.pe.gov.br

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Família: um esposo, uma esposa, os filhos. Só isto!



Caro Internauta, pense no samba do crioulo doido! Durante esta semana está ocorrendo no México o Encontro Mundial das Famílias. É um encontro que a Igreja católica promove já há vários anos. Trata-se de uma bela ocasião para pensar, debater, rezar e contemplar o projeto de Deus para a família.

Note que numa ocasião como esta, a Igreja procura aprofundar cada vez mais sua consciência sobre o que Deus pensa e deseja da família, sobretudo nestes tempos de tantos ataques a esta instituição tão humana e tão divina.

Pois bem, várias organizações protestaram porque a Igreja não incluiu na pauta do encontro discussões sobre as famílias alternativas, como por exemplos, as duplas gays!

Esse pessoal é maluco; não tem senso do limite! É como o rabino italiano que nesta semana criticou o Papa porque este afirmou que Cristo é a plenitude de toda religião! O que esse rabino maluco deseja? Que o Papa se torne judeu? Que o Vigário de Cristo ensine que tanto faz ser cristão como não sê-lo? O mesmo para essas organizações mexicanas: desejam que a Igreja diga que família é qualquer doidice que o mundo de hoje invente? Que uma dupla gay vivendo maritalmente está no plano de Deus? Note que aqui há um desejo do homem de colocar-se no lugar do Senhor e impor os valores mundanos - dum mundo pervertido - sobre a vontade do Senhor. É, realmente, inacreditável!

Pe. Henrique Soares

http://www.scribd.com/doc/7857091/A-CABANA-William-P-Young


Acabei de ler A Cabana.
Sabe quando todas as pessoas lhe indicam um livro e você cria expectativas tão grandes em cima dele que se decepciona? Não foi assim com este. Certamente o livro é tão bom quanto dizem.
Durante a narrativa, Mack afirma conhecer Deus de maneira mais ampla, enquanto sua esposa conhecia a Deus de maneira mais profunda. Ela chama Deus de “Papai”. Achei isso muito interessante
A segunda coisa que me tocou foi a empatia enorme que o livro me causou em relação a tragédia que acontece com Missy. Não é novidade, ao ler a sinopse do livro sabemos que ele se desenvolve em torno da tragédia de um pai que perde sua filha de modo brutal, mas mesmo tendo essa informação em mente, fiquei absolutamente tocado com o desenrolar dos acontecimentos que levam ao assassinato da pequena Missy. Coloquei-me no lugar de Mack, senti todas as suas agonias, imaginei cada cena, senti a dor do personagem… senti minhas complicações e dificuldades diminuírem de tamanho diante da leitura destas páginas, pois nada que vivo como dificuldade existencial pode se comparar com a dor de perder uma filha do modo como Mack perde Missy.
Pra mim o livro foi um convite a humildade, apresentando Deus como nunca antes. Sei que posso confiar no amor de Deus, mas a verdade é que Ele é muito maior que a nossa mente possa alcançar, e talvez seja completamente diferente do que as nossas concepções religiosas.
Também não concordei com todas as idéias no livro, mas devemos entender que é uma obra de ficção, o autor não teve a intenção de dizer que tudo o que afirma sobre Deus é verdade, apenas deixar muitas idéias no ar.
Fora que algumas cenas retratadas no livro são belíssimas, mal vejo a hora de ver uma bem provável versão cinematográfica. Recomendo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Cristo de Pão de Açúcar, Pão de Açúcar, AL



Cristo? Pão de Açúcar? Parece uma dica de pontos turísticos bem conhecidos do Rio de Janeiro, mas não é. A cidade maravilhosa em questão é Pão de Açúcar, no médio sertão alagoano, às margens do São Francisco.

Mas as coincidências não param por aí. Do outro lado do rio, encontra-se a cidade sergipana de Niterói! É a paisagem carioca do sertão do Velho Chico, definitivamente, o rio da integração nacional.

O mirante do Cristo pode ser visto de toda a cidade, em um morro próximo das margens, é possível chegar de carro até o “pé” do monumento, onde tem uma espécie de praça e um restaurante.

Depois de uma boa caminhada em declive, a vista lá do alto é impressionante, grandes serras ao longe de um lado, Pão de Açucar e sua praia logo abaixo, e Niterói lá, do outro lado do rio, como diria Drexler.

Uma paisagem que merece a visita.

Depois do calor da caminhada, a melhor dica é um bom mergulho na praia bem ao lado do morro do Cristo.

Na orla da cidade é possível encontrar vários bares e restaurantes. Nos fins de semana, as praias ficam bem movimentadas com o fluxo de banhistas de outros municípios da região.

onde fica
Pão de Açúcar está a cerca de 240 km de Maceió pelas rodovias BR 101 e AL 130.
por que ir
Paisagem e praia, além da curiosidade carioca destas cidades ribeirinhas.
quando ir
De janeiro a janeiro.
quanto custa
Não custa nada.
contato
Com a natureza.

Flor de Cactus Restaurante e Artesanato, Piranhas, AL


Devido a sua localização, o restaurante Flor de Cactus poderia ser chamado de restaurante-mirante, com sua estrutura construída ao lado do mirante secular de Piranhas. Lá no alto, o visual panorâmico da cidade banhada pelo São Francisco é impagável.

Entre os pratos típicos da região servidos no restaurante, recomendo a carne de sol com macaxeira e queijo coalho gratinado, que serve bem duas pessoas, um verdadeiro banquete com o sabor do sertão, entre outros petiscos e refeições para todos os gostos.

No restaurante também funciona uma loja que vende a produção do artesanato local, como as peças dos artesãos do distrito de Entremontes, localizado alguns quilômetros seguindo rio abaixo desde o centro histórico de Piranhas, e que também merece uma visita.

O restaurante Flor de Cactus oferece serviço de entrega nos hotéis e pousadas da cidade.

onde fica
O acesso a pé é complicado, é preciso disposição para enfrentar a enorme escadaria que leva ao topo da serra. O acesso de carro se dá através de uma estrada de terra. Logo na ladeira que leva ao centro histórico há indicações que levam ao restaurante por esta estrada.

Piranhas está localizada a 291 km de Maceió.

por que ir
Comida, paisagem e artesanato.
quando ir
Quando visitar a cidade de Piranhas, no sertão alagoano.
quanto custa
Pratos com preços bem honestos.

Museus Xucurus - P. Indios


O que a princípio parece ser um museu da cultura indígena, presente e viva na terra dos Xucurus, revela-se um surpreendente passeio por curiosidades históricas das mais diversas e inesperadas.

A começar pelo próprio prédio do museu, uma antiga igreja construída pelos escravos em 1805 e que hoje abriga alguns dos cruéis instrumentos de tortura usados contra seus construtores, como o bizarro sino de ”fujão e ladrão”, colocado no pescoço da vítima, entre outras peças originais, ferramentas de terror usadas pelos colonizadores.

Subindo as escadas da velha igreja, encontram-se armas indígenas e vestimentas da dança ritual do toré, que tem um visual bem impactante, além de tumbas de cerâmica com ossadas humanas dentro, chamadas de igaçabas.

Uma das peças que mais chama a atenção é o pequeno quarto em miniatura, que pertenceu ao menor homem do mundo, media 94 centímetros e viveu apenas 24 anos. Os recortes de jornal na parede mostram um repórter com o pequeno homem em pé na palma da mão.

Há também diversos fósseis encontrados na região, instrumentos e ferramentas antigas como tesouras e cachimbos, entre outros pequenos pedaços de história que formam um mosaico fabuloso. Vale à pena conhecer.

onde fica
Praça do Rosário, Palmeira dos Índios. 136 km de Maceió.
por que ir
Para conhecer o curioso acervo do museu, e a Palmeira dos Índios dos Xucurus, dos poetas e dos escritores.
quando ir
Segunda a sexta: 8:00 – 18:00
Sábados: 8:00 - 17:00

quanto custa
Contribuição de um real.

Casa de Graciliano Ramos em Palmeira dos Indios



O escritor alagoano Graciliano Ramos nasceu na pequena Quebrangulo, ao Norte do estado. No entanto, foi em Palmeira dos Índios que deu início a sua carreira política e literária. Foi prefeito da cidade por dois mandatos e ali escreveu o romance “Caetés”.

A Casa Museu Graciliano Ramos, fundada em 1973, foi a morada do notório escritor em Palmeira. Atualmente guarda utensílios pessoais, fotos, capas das edições originais, vestuário e documentos, como um esquema de construção do romance “Infância”, de próprio punho, ou as versões originais em braile de “Angústia”.

Nos fundos da casa, os administradores criaram um centro cultural e de eventos, com um grande auditório e algumas salas, à disposição das comunidades do município.

Graciliano Ramos morreu em 20 de março de 1953, escreveu 18 romances e está entre os grandes da literatura mundial de todos os tempos.

A cidade de Quebrangulo já ensaiou uma mudança de nome, que viria a chamar-se como seu mais ilustre filho, o que convenhamos, não é má idéia.

onde fica
Rua Luis Pinto de Barros, 90, Centro.
Palmeira dos Índios está a 136 km de Maceió pela BR 316.

por que ir
Para conhecer um pouco da intimidade deste grande escritor e conhecer a cidade que inspirou sua obra “Caetés”.
quando ir
Segunda a sexta das 7:00h às 19:00h.
Sábados, domingos e feriados das 7:00h as 17:00h.
quanto custa
Aceita contribuições para manutenção do acervo.

Pitu do São Francisco, Piranhas, AL



Culinária exótica do sertão

O pitu é o primo do interior do camarão, iguaria muito cobiçada, tanto que leva seus apreciadores a cruzar o estado saindo da capital Maceió até a cidade de Piranhas, a 290 km, onde diversos restaurantes oferecem pratos com estes deliciosos bichinhos.

Tradicionalmente, são quatro preparos do pitu, as porções ao alho e óleo (foto) ou cozidos em água e sal, e as moquecas e pituzadas que acompanham arroz, salada e um delicioso pirão.

O pitu pode ser um pouco maior que o camarão e menor que uma lagosta, suas patas guardam carne como os siris e caranguejos, já o sabor é distinto de toda essa turma do mar. Difícil explicar, melhor experimentar.

O preço deste camarão de água doce é meio salgado. Segundo os pescadores e donos de restaurantes, é cada vez mais difícil encontrar o pitu no São Francisco, alguns associam à construção das represas, entre outras mudanças produzidas pelo homem ao longo do leito do rio, o que encarece a comida por sua escassez.


onde fica
Distante 290 km de Maceió pelas rodovias AL 225 e 220.
por que ir
Pelo exótico sabor da culinária do sertão e a bela paisagem da cidade histórica de Piranhas nas margens do Rio São Francisco.
quando ir
De janeiro a janeiro.
quanto custa
Porções (alho e óleo/manteiga/água e sal) – Entre 25 e 30 reais.

Pituzada e moqueca de pitu (acompanha arroz, salada, pirão) – Entre 35 e 45 reais.