terça-feira, 3 de abril de 2012

Corrida da Lua 1ª Etapa 2012

É isso, correr chegou para ficar. A corrida nos permite alcançarmos um estágio especial no conhecimento de nosso próprio corpo. Neste mundo competitivo, repleto de esforço, tensão e inquietudes, correr é um dos melhores tranqüilizantes naturais, é um dos esportes mais agradáveis que você pode praticar. E também é um dos mais saudáveis e baratos. Além disso, você desfruta de ar fresco e da paisagem e de um sentido de realização pessoal, seu coração e pulmões estão realizando um grande esforço. O esforço cardiovascular contínuo é a chave da saúde física. É o que você necessita para ficar em forma todo o ano.

O SANTO SUDÁRIO

A Revista Veja desta semana trouxe como matéria de capa uma reportagem sobre o Sudário de Turim. Sobre a reportagem da Veja, é importante notar duas coisas: 1. É muito bom que se tenha reconhecido que o Sudário não é uma farsa. Recorde o meu Leitor que em 1988, o teste do carbono 14 revelara que o Sudário teria sido produzido entre 1260 e 1390. Mesmo naquele 1988, para quem conhecesse um pouco a questão desse precioso lençol e suas características, nem o teste do carbono 14 seria definitivo. Pessoalmente, sou muito precavido quanto à autenticidade de relíquias e nunca havia dado muito valor ao Sudário. Mas quando li sobre as pesquisas realizadas por cientistas da NASA, na década de 70, fiquei intimamente convencido de que aquele tecido tinha enorme probabilidade de ser o lençol que envolveu o corpo do Senhor. Aquela pesquisa revelara evidências muito numerosas, indícios muito sólidos, dos mais variados pontos de vista, com uma convergência impressionante. Desde a divulgação do resultado do teste do carbono, muitos colocaram em dúvida sua validade, e isto por motivos muito variados. Agora vai aparecendo com sempre maior clareza que o Sudário não é da Idade Média. Lembro-me hoje de uma reportagem aparecida no canal History, que provava com toda certeza que aquele linho era uma fraude feita por Leonardo da Vinci! Tudo provado, tudo científico! O mesmo canal History que também “provou” “cientificamente” que os ossos de Jesus estavam bem sepultadinhos em Jerusalém! Cuidado, meu Leitor, com as reportagens científicas desses meios de comunicação... A maioria é autêntica e séria quanto uma nota de R$ 3,00! Por trás das pesquisas científicas e das reportagens há pessoas, com seus conceitos, preconceitos e interesses outros! Basta pensar no que já apareceu por aí, como o tal de Código da Vinci, de nenhum valor histórico e científico, que vendeu um mundo de exemplares e tanto mal provocou no coração de tanta gente sem profundidade no assunto! O mundo atual é assim: vale a banalidade, desde que gere sensacionalismo e renda audiência e dinheiro! Pouco importa a sóbria e discreta verdade! Então: fique claro que o Sudário de Turim continua um tremendo mistério do ponto de vista científico. Eu diria que há muito mais probabilidade de que ele seja autêntico do que de se tratar de uma fraude. Aqui é uma questão de ciência e não de fé! Mas, que é encantador ver aquela relíquia impressionante é! Trata-se de um comovente sinal que o Senhor poderia ter deixado quando da Sua bendita ressurreição. 2. Esta é a parte boa da reportagem da Revista Veja. Mas, aí mesmo, há um raciocínio torto e perigoso, que é preciso avaliar e explicar seu erro com toda clareza. A reportagem cita um autor, cujo livro aparecerá no Brasil por esses dias: Thomas de Wesselow. Ele confirma a autenticidade do Sudário, elencando os vários argumentos e provas que indicam que o lençol é mesmo aquele que envolveu o corpo do Senhor. Mas, desenvolve uma teoria que é inaceitável e gratuita, apesar de engenhosa: “Já para os apóstolos o sudário foi tomado como prova da Ressurreição de Cristo, e disso deriva sua extraordinária força de convencimento”. Ainda mais, esse Autor levanta a tese de que as aparições do Ressuscitado nada mais seriam que um contato com o Sudário. Claro que todas estas ideias não têm sustentação! Quando observamos atentamente os textos do Novo Testamento constatamos impressionados que o anúncio testemunhal dos apóstolos não se baseava nem no túmulo vazio nem no sudário, mas nos encontros muito concretos com o Cristo ressuscitado, vivo e glorioso! O túmulo vazio (como também o sudário) pode servir de reforço, de consequência do fato da Ressurreição. Depois, mostrando toda a fraqueza da tese de Wesselow, observe-se que os escritos extraevangélicos do Novo Testamento, sobretudo as cartas paulinas, muitas delas mais antigas que os evangelhos, nunca se referem ao Sudário! Ou seja: a pregação sobre a Ressurreição do Senhor nunca se baseou no sudário, mas no fato de o Cristo ressuscitado ter aparecido aos Apóstolos e comido e bebido com eles! Então, que o Sudário seja autêntico é uma feliz e probabilíssima possibilidade. Que seja um testemunho precioso da Ressurreição do Senhor, é também uma bendita realidade. Que seja motivo da fé cristã, é totalmente falso. Que a experiência com o Cristo vivo tenha sido baseada nele, não tem fundamentação alguma nos fatos. Pode-se perguntar o motivo do Evangelho de João afirmar que o Discípulo Amado entrou no túmulo de Jesus, viu o lençol e creu (cf. Jo 20,1-9). Poderia escrever um bocado sobre isto, mas contento-me com a explicação da Bíblia dos capuchinhos portugueses: “Por que começou a crer o discípulo? A explicação habitual é que um ladrão não deixaria ficar os panos e muito menos em ordem. Por que é que o Evangelista atribui tanta importância à diferente posição dos panos? É que as ligaduras e o lençol estavam espalmados no chão da pedra tumular, ao passo que o lenço que o Senhor tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão, mas mantinha a forma da cabeça que envolvera (como se estivesse bem engomado). Ou seja, Jesus saíra ressuscitado; ninguém o tinha desenrolado”. Ainda uma observação: a reportagem da Veja afirma que “afora os relatos de Flávio Josefo, historiador judeu do século I, ninguém da notícia da existência do carpinteiro de Nazaré que morreria na cruz”. Esta afirmação não é verdadeira. Afinal, os escritos do Novo Testamento, também do século I, vindos de fontes independentes umas das outras, são simplesmente estórias da carochinha? E se fossem falsos, por que os judeus da época não contestaram, afirmando que Jesus seria um mito totalmente inventado? Como sempre, quando os meios de comunicação tratam da fé, da Igreja, do cristianismo, é preciso ter muita cautela, porque não faltam armadilhas! Fonte: http://costa_hs.blog.uol.com.br/