terça-feira, 29 de março de 2011

JOSÉ ALENCAR



Ao encarar a morte de frente, ao longo desses últimos anos, nosso ex-Vice Presidente mexeu com algo profundo em todos nós, não que José Alencar Gomes da Silva fosse de tiradas filosóficas sobre o incontornável encontro com o último destino. Estava mais para a piada e a ironia.
Ao tratar do câncer, mesmo nos momentos mais duros, surgia sempre com aparência de leveza e bom humor – mas a mensagem principal era o desassombro diante da gravidade da situação. E era essa postura que causava um misto de grande surpresa e admiração: parecia encarar o sofrimento como se não fosse nada demais, sem tintas dramáticas ou de desespero, sem jamais demonstrar desânimo, foi sendo cada vez mais admirado. Se já era visto com simpatia natural, por ser alguém que nasceu na pobreza e construiu um império com a força do trabalho, a briga pela vida o transformou em exemplo.
Internado sucessivas vezes e submetido a tantas cirurgias, ele passou a falar da morte sem parar – era sua pauta permanente. A cada aparição pública, uma declaração sobre o perigo, o medo (que dizia não ter), a esperança, a fé em Deus. Reconhecia a força descomunal do inimigo, mas o otimismo era indestrutível – essa lição de vida tanta falta faz hoje em nosso país, Deus o guarde.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vídeo do Parque dos Falcões

FOTOS DO PARQUE DOS FALCÕES EM ITABAIANA-SE







PARQUE DOS FALCÕES - ITABAINA-SE

A aproximadamente 45 Km de Aracaju, localizado aos pés da Serra de Itabaina-SE, o Parque dos Falcões foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia.

Alexandre tornou-se "cúmplice" de Percílio no ano de 1999, mas a história do Instituto começou ainda na infância do fundador. Aos 7 anos, Percílio ganhou um ovo de Carcará (Caracara plancus), e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. Hoje, Tito tem 25 anos e o Instituto cuida de mais de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos, etc.

Já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos, e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em cativeiro. Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento.

O Parque dos Falcões está aberto ao público todos os dias da semana. Para chegar ao centro conservacionista siga de Aracaju em direção à Itabaiana. Depois de passar pelo município de Areia Branca, percorra aproximadamente 9 km. No lado direito, há uma placa indicativa sobre o Instituto. Entre por essa estrada (única parte do trajeto não asfaltado) e percorra mais 2,5 km. É indispensável agendar previamente a sua visita.

As visitas turísticas ao Parque devem ser previamente agendadas, preferencialmente das 8h às 11h e das 13h às 16h, através dos telefones: (79) 9962-5457 / 9131-3496.

PROJETO TAMAR - OCEANÁRIO DE ARACAJU-SE

O Oceanário de Aracaju, inaugurado em junho de 2002, tem capacidade para receber até 300 pessoas ao mesmo tempo e alcança a marca de aproximadamente 120 mil visitantes/ano.




Tanque e Aquários.



Alimentando os tubarões.





Bases do Projeto Tamar no Brasil.




O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho sócio-ambiental.

Pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção, é a principal missão do Tamar, que protege cerca de 1.100km de praias, através de 23 bases mantidas em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, no litoral e ilhas oceânicas, em nove Estados brasileiros.

O nome Tamar foi criado a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tartaruga marinha, abreviação que se tornou necessária, na prática, por conta do espaço restrito para as inscrições nas pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tartarugas marcadas para diversos estudos.

Desde então, a expressão Tamar passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Centro Tamar, vinculado à Diretoria de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade-ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente.

terça-feira, 8 de março de 2011

Não me leve a mal hoje é carnaval..



Hoje é quarta-feira de fogo, mas eu não vejo a hora de chegar a quarta-feira de cinzas.
Não, não é que eu seja inimiga do carnaval. Inclusive já brinquei muito: em clubes, nas prévias, nos blocos.... fui até à Olinda em plena terça-feira de carnaval... Portanto, vou falar com conhecimento de causa.
E, como um véu que se descortina, como uma máscara que cai, gostaria de revelar algumas verdades que encontrei por trás da fantasia do carnaval.

A primeira delas: o brasileiro adora carnaval.
Não acredito. Na paraíba, por exemplo, o maior bloco de arrasto disse ter registrado cerca de 400 mil foliões no desfile do ano passado. Mas, a população paraibana conta com mais de 3 milhões e 600 mil cidadãos.
Portanto, a maioria da povo não foi para a rua ou por que não gosta de carnaval ou por que não se reconhece mais nessa festa dita popular.
Segunda falsa verdade: o carnaval é uma festa genuinamente brasileira.
Não, não é. O carnaval, tal como o conhecemos, surgiu na Europa, durante a era vitoriana, e se espalhou pelo mundo afora, adaptando-se a outras culturas.
Quarta falsa verdade: É uma festa popular.
Balela! O carnaval virou negócio – dos ricos. Que o digam os camarotes VIP, as festas privadas e os abadás caríssimos, chamados "passaportes da alegria".
E quem não tem dinheiro para comprar aquele roupinha colorida não tem, também, o direito de ser feliz??? Tem não.
E aqui, na Paraíba, onde se comemoram as prévias não é muito diferente. A maioria dos blocos vive às custas do poder público e nenhuma atração sobe em um trio elétrico para divertir o povo só por ser, o carnaval, uma festa democrática.
Milhões de reais são pagos a artistas da terra e fora dela para garantir o circo a uma população miserável que não tem sequer o pão na mesa.
Muitas coisas, hoje, me revoltam no carnaval.
Uma delas é ouvir a boa música ser calada à força por "hits" do momento como o "Melô da Mulher Maravilha", e similares que eu nem ouso citar.
Fico indignada quando vejo a quantidade de ambulâncias disponibilizadas num desfile de carnaval para atender aos bêbados de plantão e valentões que se metem em brigas e quebra quebra.
Onde estão essas mesmas ambulâncias quando uma mãe de família precisa socorrer um filho doente? Quando um trabalhador está infartando? Quando um idoso no interior precisa se deslocar de cidade para se submeter a um exame?
Me revolto em ver que os policiais estão em peso nas festas para garantir a ordem durante o carnaval, e, no dia a dia, falta segurança para o cidadão de bem exercitar o direito de ir e vir.
Mas o carnaval é uma festa maravilhosa! Dizem até que faz girar a economia. Que os pequenos comerciantes conseguem vender suas latinhas, seu churrasquinho....
Se esses pais de família dependessem do carnaval para vender e viver, passariam o resto do ano à míngua.
Carnaval só dá lucro para donos de cervejaria, para proprietários de trios elétricos e uns poucos artistas baianos. No mais, é só prejuízo.
Alguém já parou para calcular o quanto o estado gasta para socorrer vítimas de acidentes causados por foliões embriagados? Quantos milhões são pagos em indenizações por morte ou invalidez decorrentes desses acidentes?
Quanto o poder público desembolsa com os procedimentos de curetagem que muitas jovens se submetem depois de um carnaval sem proteção que gerou uma gravidez indesejada?
Isso sem falar na quantidade de DST’s que são transmitidas durante a festa em que tudo é permitido!
Eu até acho que o carnaval já foi bom... Mas, isso foi nos tempos de outrora.

Créditos: http://rachelsheherazade.blogspot.com/