sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Palmeira dos Indios o ontem e o hoje em fotografias...


Antigo Altar Mor de nossa Catedral, caracas tô ficando velho pois me lembro dele.


Altar Mor hoje em Dia, eu me lembro de ter assistido essa reforma.


Ficava ao lado da Catedral de N.S. do Amparo, assisti várias apresentações natalinas aqui.




Até que ficou bonito hoje em dia.


Montepio dos Artistas, velhos bailes de carnaval.



Infelizmente derrubaram o querido Montepio para erguer esse prédio.


Casa de Saúde do Dr. Gastão, os antigos Palmeirenses irão se lembrar dela.



Mesmo ângulo hoje.

O ontem e o hoje de Palmeira dos Indios em fotografias.



Praça das Cassuarinas Ontem, pra mim continua sendo a praça mais bonita que já vi.



Praça das Cassuarinas Hoje, infelizmente já não tão bonita como era.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Ontem e o Hoje de Palmeira dos Indios em Fotografias.



PÇA DA INDEPENDÊNCIA E RUA FERNANDES LIMA EM 1926



MESMO TRECHO EM 2010.

A idéia dessas postagens do ontem e do hoje surgiu no blog AMIGOS DE DELMIRO GOUVEIA do César Tavares, então copiei as fotos do arquivo do meu tio José Geraldo Passos Lima que faz pesquisa nessa área.

O Ontem e o Hoje de Palmeira dos Indios em Fotografias.



Praça do Açude em 1940.



Mesmo angulo nos dias de Hoje

O Ontem e o Hoje de Palmeira dos Indios em Fotografias.



Rua Deodoro da Fonseca nos dias de hoje.




Rua Deodoro da Fonseca em 1926.

O Ontem e o Hoje de Palmeira dos Indios em Fotografias.




Palmeira dos Indios nos dias de hoje e nos idos de 1945.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

ERA INVEJA



No Brasil, três coisas são indiscutivelmente democráticas. A praia, que debaixo de um sol junta madame e funkeira trajadas no mesmo uniforme. O futebol, que une o ladrão e o padre numa imensa fraternidade. E o trânsito, que bota o Zé do Chevete e João do Jaguar lado a lado, paralisados pela mesma encrenca. Das três brasilidades, o futebol é a que mais me intriga.
Tenho um namorado que ama a bola. É uma pessoa cheia de virtudes, mas, se há uma constância em seu caráter, esta é a impontualidade. Não consegue chegar na hora, o mundo o atrapalha, a menos é claro no caso do futebol. Não falo aqui daquele jogo no estádio com hora oficial para começar, refiro-me à pelada, ao racha, àquele bate-bola entre amigos, que no caso aqui de casa acontece três vezes por semana. O campo é longe, uma viagem, o sol a pino - não importa. Dia do compromisso logo cedo o moço fica ansioso, não pode atrasar e não há imprevisto que o segure. Nesses dias meu amor é um britânico!
Sábado desses resolvi acompanhá-lo. Os companheiros de partida, esbeltos desportistas, não gostaram nadinha, mas, gentis, fizeram que sim. Aquilo não é lugar de mulher, eu já devia saber. Para compensar o mal-estar, começa o jogo e eu bato muita palma, exagero o entusiasmo, assovio e tanto faço que o dono do campo a quem eu bajulava escancaradamente sentiu-se na obrigação de me dedicar um gol. Segue o embate com altos e baixos, a coisa aquece e pimba... um golaço, aquele chutão do meio do campo para dentro da rede à Roberto Carlos. As más-línguas desmerecendo o artilheiro dizem que o momento é histórico e não se repetirá - não acredito, foi jogada de mestre; vi e guardarei na memória. Continua a partida com bons momentos, outros nem tanto, uma contusão aqui, uma falta ali, um corpo caído no chão. De repente me bate uma estranheza e vou percebendo que acima da bola, das jogadas, do corre para lá e para cá, o que mais se via, na verdade, eram discussões, ofensas, xingamentos e uma roubalheira de fazer corar um palmito. A coisa chegou a um ponto em que tive a certeza de que terminado aquilo os adversários não voltariam a se falar. Acaba o jogo. Entre vitórias e desilusões, corre-se para o vestiário e devo dizer que nem na feira fala-se tão alto e ao mesmo tempo quanto num banheiro cheio de homens; eu não estava dentro, mas nem precisava... Fiquei quietinha do lado de fora esperando meu namorado, que, pela delonga, tomava um banho de Cleópatra. Assim, pude observar bem os outros rapazes que sorridentes e limpinhos iam saindo do vestiário qual amigos de infância. Aqueles mesmos que há pouco se juravam de morte agora pavoneavam-se uns para os outros aos tapinhas nas costas. Havia ali cantores-compositores, um sapateiro, o editor de um jornal, um empresário da música, atores, um jogador aposentado, dois médicos e alguns moços das redondezas empobrecidas cuja competência em campo desequilibrara o jogo - tudo adversário de sangue na hora da bola e amigo do peito na saída para o chope. Na pelada não há rancores, o que se passa em campo fica no campo. Nem pudores, ali são todos craques - o vírus da imodéstia ataca democraticamente. Uma beleza!
Fui-me embora com um vazio a futucar o espírito. O que nós, mulheres, temos de parecido, o shopping, o salão? Nem chegam perto. Não pode xingar, espernear, soltar os sapos da garganta - além do que, num e noutro, o máximo de exercício que se faz é com a língua na futrica da vida alheia - muito chato. Não havia como negar, o brinquedo dos rapazes é divertido como só, e meu vazio era de inveja.
Nós, mulheres, não temos nada que se compare.

Maitê Proença, além de linda é muito inteligente.